Se ter uma dieta saudável e equilibrada já é um desafio para os adultos, quando falamos de alimentação infantil é esperado que surjam muitas dúvidas e obstáculos (tanto dos pais quanto das crianças). Quantas mães e quantos pais já não viram o filho de alguém comendo legumes e verdura e pensaram: “nossa, mas como isso é possível?”, não é mesmo?
Assim como muitas coisas na vida, a alimentação infantil também é um processo com diferentes fases que exigirão paciência, concessões, adaptações e conhecimento. E é importante já começar dizendo: não existe uma “receita” que vai dar certo para todas as crianças. Cada família deve encontrar, em conjunto, o que funciona na dieta da casa (para adultos e crianças).
Mas, pensando em tornar esse período mais fácil e fluido, este texto vai apresentar 6 sugestões de como você pode incentivar seu filho a comer legumes — e, consequentemente, contribuir para uma alimentação infantil equilibrada e de qualidade!
Antes de partirmos para as dicas, é essencial ressaltar alguns pontos:
- Sempre que possível e necessário, busque a orientação de um nutricionista de confiança para lhe auxiliar nesse caminho.
- Crianças de idade diferente têm necessidades nutricionais diferentes, então fazer um acompanhamento (médico e pessoal, por meio de um diário, por exemplo) é bem interessante.
- Moderação e equilíbrio são palavras-chave. Neste link, uma nutricionista informa que guloseimas não precisam ser totalmente proibidas — contando que não haja nenhuma questão de saúde que impeça o consumo e que ele seja feito com consciência.
- Outras palavras que serão suas amigas nesse processo: variedade, paciência, respeito, rotina e adaptação.
Agora, vamos para o principal: confira 6 ideias para incentivar uma boa alimentação infantil!
1- Seja o exemplo
Claro que a primeira dica não podia ser diferente, concorda? Não só quando o assunto é alimentação infantil, mas em muitos outros, ser e dar o exemplo é um dos pilares mais importantes.
Se no seu prato não é possível encontrar nenhum legume ou verdura, vai ser bem mais difícil convencer o seu filho de que ele precisa comer de tal forma. Aprender a se alimentar bem é algo que nos acompanha durante toda a vida, então entre nessa jornada junto da criança. Experimentem, testem, procurem opções juntos; e, acima de tudo, deixe seus atos falarem mais do que as palavras.
Você pode aproveitar esses momentos para mudar hábitos alimentares ou testar alimentos novos (e o perfil @imaginavegan pode te inspirar!).
2- E mostre o exemplo de outras crianças também!
Mostrar outras crianças comendo verduras e legumes é outro incentivo muito legal! É uma forma indireta de tornar o hábito algo comum do dia a dia e tirar o peso negativo que muitas vezes esses alimentos podem trazer para os pequenos.
No Instagram e no YouTube você vai encontrar vários vídeos e fotos da alimentação da família Brancoala. E os pratos do Marcos podem ajudar você nesse incentivo!
3- Brinque com cores, formatos e preparos
Mas sem esconder o legume ou a verdura, hein? A alimentação infantil não pode ser baseada em “enganar” a criança a respeito do que ela está comendo. A ideia é mostrar a ela que há maneiras diferentes, saborosas e até divertidas de consumir coisas saudáveis.
Solte a sua imaginação para montar pratos bem coloridos e, quem sabe, até formando alguns desenhos com os legumes. Variar os alimentos, para que a criança não canse de comer sempre a mesma coisa, também ajuda.
A variedade também se aplica ao modo de preparo: assado, ao vapor, no purê, como acompanhamento, como prato principal… é hora de se aventurar na cozinha! E se quiser algumas dicas para perder o medo de cozinhar, confira esse texto aqui!
4- Abra espaço para conversas
Comunicação é muito importante aqui, assim como a paciência. Se a criança não quiser comer algum alimento saudável, converse com ela para entender o motivo, explicar os benefícios e, juntos, pensarem em alternativas. Se no primeiro dia não der certo, continue oferecendo e apresentando o alimento em diferentes formas mais algumas vezes. Você pode insistir (sem forçar, e com calma) em distintas situações, sempre conversando e dando espaço para ela dar a própria opinião também.
Aqui também é importante ser sincero sobre porque é bom comer alimentos saudáveis e deixar a criança pegar gosto pela comida. Se ela for sempre “forçada” a consumir legumes, vai deixar de fazer isso na primeira oportunidade — e, com isso, a alimentação infantil saudável vai ficar bem mais difícil.
Por último, evite ao máximo criar recompensas (por exemplo: se comer o brócolis, ganha sobremesa), porque isso pode se tornar um padrão rapidamente.
5- Tem coisas que não vão dar certo
E tudo bem! Assim como nós, adultos, não gostamos de determinados alimentos, é muito provável que tenha alguns que a criança também não vai gostar. Aí entra o respeito pela vontade dela e o conhecimento para procurar substitutos que sejam tão nutritivos quanto. Durante esse processo, é preciso ser firme, sim, mas sem colocar pressão e outros sentimentos negativos em algo que é para ser o mais natural possível.
Tem dia que não vai dar certo, e tudo bem. Tem alimentos que serão esquecidos, mas tudo bem, pois um nutricionista pode ajudar a elaborar um cardápio variado. Não se compare a outras famílias, busque sempre o que funciona para a sua!
6- Toda a família pode participar
Vamos retomar um pouco o primeiro item deste texto e relembrar um outro texto aqui do blog que falamos sobre alimentação familiar. A verdade é que vai ficar muito mais fácil a criança consumir e pegar gosto por legumes e verduras se toda a família estiver inserida nessa reeducação alimentar!
Juntos, todos podem cuidar do planejamento das comidas, montar uma rotina para as refeições e, assim, seguir um estimulando ao outro! Também vale a pena ter alguns cuidados extras, como evitar telas durante as refeições e ter um local na casa disponível para todos se reunirem para comer — e se manterem focados no momento presente. Apesar de parecerem simples, esses dois pontos vão ajudar não só a estimular seu filho a comer melhor, como também vai trazer benefícios para o relacionamento familiar.
Espero que tenha gostado do texto e que ele tenha inspirado você a investir numa boa alimentação infantil! Estamos sempre aprendendo, então se tiver alguma outra dica, compartilhe aqui nos comentários!
