Cultivando o bem-estar desde a infância: estratégias para promover a saúde mental em crianças pequenas

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O título deste texto traz dois termos extremamente importantes não só na infância, mas durante toda a nossa vida: bem-estar e saúde mental. São temas que foram ignorados por muitos anos, que foram vistos como “frescura” por diversas gerações. Mas hoje, felizmente, isso mudou! Cuidar da saúde mental de todos e cultivar o bem-estar desde cedo está se tornando uma prioridade de muitas famílias e escolas.

Mas por que é tão importante falar sobre isso? A verdade é que como nos sentimos emocionalmente é tão importante quanto nosso bem-estar físico. Você pode ser um grande atleta e seguir a melhor alimentação que existe. Mas, se não cuidar da saúde mental, tem grandes chances de adoecer.

Ao tratar de bem-estar e saúde mental desde a infância, contribuímos para o desenvolvimento de crianças saudáveis. Elas, no futuro, se tornarão adultos funcionais e preparados para lidar com as adversidades da vida. Todo esse ciclo tem o potencial de gerar uma sociedade cada vez mais segura, acolhedora e inclusiva. Além disso, também podemos imaginar que as chances de essa criança desenvolver doenças mentais no futuro (durante a juventude ou a fase adulta) diminuirá consideravelmente.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que a saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo consegue se recuperar do estresse vivenciado no dia a dia, usar suas próprias habilidades, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.”

            Então, como promover a saúde mental em crianças e cultivar o bem-estar nos pequenos? Vamos ver alguns exemplos práticos!

Diálogo é a base de tudo

Pode parecer um clichê, mas não tem como o primeiro tópico ser outro que não esse. A base para o desenvolvimento de crianças é o diálogo. Então é imprescindível que os pequenos sintam que são acolhidos, que estão em um lugar seguro para falar, que alguém está disposto a ouvi-los.

Muitas vezes subestimamos o poder de uma simples conversa, não é mesmo? Mas pense em quantas ocasiões você já sentiu melhor ao abrir o seu coração para um familiar, um amigo ou um terapeuta? É na fala que nos permitimos acessar emoções e senti-las em sua intensidade.

Esteja sempre disponível para bater um papo com seu filho. Fale sobre saúde mental e bem-estar e também sobre diversas coisas. Deixe o caminho aberto para que ele se expresse da maneira e no tempo que fizerem sentido.

E aprenda a ouvir! Nem sempre os adultos terão uma solução de imediato, e tudo bem. O que a criança mais precisa é se sentir ouvida e validada.

Esteja atento aos sinais de alerta

De acordo com o site do Hospital Santa Mônica, diversas são as causas que podem afetar a saúde mental dos pequenos. Alguns dos mais comuns são bullying, excesso de tecnologia, traumas passados, abusos sofridos e cobranças exageradas.

E mesmo passando por situações complexas e difíceis, a criança ainda não tem a maturidade necessária para enfrentar tais questões. Por isso mesmo é essencial que os pais estejam de olho em sinais que podem indicar que algo não vai bem. Alguns exemplos são:

  • Queda no desempenho escolar;
  • Expressões frequentes e extremas, como agressividade, irritabilidade, nervosismos, tristeza…;
  • Falta de vontade de realizar atividades que antes eram apreciadas;
  • Afastamento de amigos e da família.

Se identificar algum desses sintomas em seu filho, é interessante conversar com a escola e, se possível, com um psicólogo. Assim, todos estarão alinhados para conduzir da melhor forma possível.

Fique de olho também em comportamentos fora do padrão

É muito recorrente que a criança mude o seu comportamento se não está se sentindo bem. Pode ser que ela não aja com irritabilidade ou agressividade, mas que deixe de conversar como fazia antes, ou de comer com tanta vontade… Pode acontecer também de ela demonstrar apatia e desinteressante com coisas que eram prazerosas, por exemplo.

Esses comportamentos “fora do padrão”, ainda mais se vindos de uma mudança brusca, merecem atenção quanto antes.

Ensine a criança a sentir e acolher as próprias emoções

A verdade é que até nós, adultos, temos dificuldade em entender os nossos sentimentos, concorda? Mas quando falamos de saúde mental e bem-estar, esse tópico é de extrema importância.

A criança pode e deve se sentir segura para aceitar suas emoções. Ao acolher o que está sentindo, e permitindo que o sentimento se manifeste, ela aprenderá a lidar com as situações de uma maneira cada vez mais saudável. Até emoções tidas como “ruins” têm algo a nos ensinar. Sentir raiva, por exemplo, faz parte da vida, e suprimi-la não é a solução.

E tem mais: para lhe ajudar nesses ensinamentos, você pode contar com filmes e livros. Deixo aqui duas indicações:

Seja vulnerável também

Todos sabemos que as crianças se espelham nos adultos, certo? Então a melhor forma de criar um ambiente acolhedor para os pequenos é se permitindo ser vulnerável também.

Tudo bem chorar quanto está triste ou querer ficar mais quietinho num dia difícil. Então abra o seu coração para os pequenos e fale sobre o que está sentindo. Aposto que, além de ensinar pelo exemplo, você também vai cultivar um ambiente familiar seguro!

Atividades físicas e artísticas São boas aliadas

Esporte e música, por exemplo, são ótimos aliados na saúde mental. Claro que sozinhos eles não fazem todo o trabalho, mas são atividades que contribuem muito para o bem-estar (tanto de crianças quanto adultos).

Aqui no blog nós temos dois textos sobre o assunto! Lembre-se de permitir que a criança experimente, erre, aprenda e escolha o que mais fizer sentido para ela. Essas atividades devem ser prazerosas, e não uma cobrança a mais.

O apoio dos pais é o suficiente?

Vamos encerrar este texto com uma pergunta que não tem resposta certa. Muitas vezes os pais, sozinhos, podem resolver as questões das crianças. Em outros casos, será necessário a parceria da escola ou até mesmo de um psicólogo.

Então mantenha sempre um canal de comunicação aberto com os professores e procure um terapeuta parceiro que possa te ajudar a identificar a melhor forma de lidar com cada situação. O importante é que todos trabalhem em conjunto em prol da saúde mental e do bem-estar da criança!

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