Adestramento de cachorros é uma boa ideia ou não?

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Se, depois de ler o texto aqui do blog sobre animais de estimação, você e a sua família decidiram integrar um cachorro à família, talvez tenha surgido dúvidas sobre adestramento. Algumas pessoas consideram esse assunto um pouco polêmico, enquanto outras acham que não tem nada demais. Então, para te ajudar a refletir sobre o assunto, e chegar às próprias conclusões, vamos conversar sobre o assunto aqui neste post, combinado?

Antes de tudo, o que é o adestramento?

De modo simples e sucinto: é treinar e ensinar o seu cachorro. É uma maneira de se comunicar com ele, de deixá-lo mais disciplinado e de corrigir comportamentos inadequados.

Cães que exercem alguma função – como cães-guia, farejadores etc. – passam por um treinamento mais cauteloso e complexo. Mas o adestramento de cães domésticos também tem se tornado mais popular.

Vale dizer que adestrar não é ensinar truques “engraçados” para o animalzinho, ok? Quando o adestramento é feito da maneira certa, ele busca trazer mais qualidade de vida para o cachorro e o tutor, e foca em comportamentos saudáveis para ambos.

Quando o adestramento é indicado?

 Yoshi, minha cachorrinha.

Talvez essa seja a parte mais “polêmica” da conversa. Há quem diga que todo cachorro deve ser adestrado, enquanto outros defendem que somente casos específicos, como cães reativos, por exemplo.

Aqui vai muito da escolha do tutor e do estilo de vida da família. Se, por exemplo, vocês gostam de viajar e pretendem levar o animalzinho junto, faz sentido que ele seja adestrado para tornar isso possível, certo?

Aproveito para compartilhar um relato pessoal, que pode ajudar você nessa decisão. Já tive alguns cachorros e sempre fiz o treinamento básico com eles: ensinar a sentar, a não pular nas pessoas, a andar com a guia etc. Mas, recentemente, adotei uma cachorrinha reativa, que tem muito medo de pessoas. No caso dela, senti a necessidade de ensinar mais comandos e também de contar com o apoio de um profissional qualificado. Juntos, estamos aos poucos dando mais confiança para ela e, ao mesmo tempo, ensinando como ela pode ou não se comportar em tais situações.

Qual é o “limite” do adestramento?

O grande medo dos tutores é que o adestramento deixe o cachorro robotizado. Eu entendo, pois também tive esse receio. E a melhor maneira de superá-lo é pesquisar bastante sobre o assunto, entender o que o treinamento traz de bom para a vida do cão e também encontrar alguém de confiança para auxiliar você nessa trajetória.

Aqui, trago alguns pontos importantíssimos de serem avaliados:

  1. Sempre tenha em mente que o objetivo principal é que o animal tenha qualidade de vida, e não que ele não dê trabalho nenhum;
  2. Adestrado ou não, ele sempre vai ser um cachorro e, portamento, deve ser respeitado como tal. Então, correr, farejar, rolar na grama etc. são comportamentos naturais e saudáveis para ele;
  3. As palavras-chave são repetição, constância, paciência e respeito. Violência e pressa não são permitidas no processo de maneira alguma.

Quais são os principais benefícios?

Em minhas pesquisas, encontrei muitos depoimentos sobre as vantagens que o adestramento traz para a vida do cãozinho. Então, compartilho com você os que mais me agradaram:

  • Auxilia a criar uma comunicação clara entre o tutor e o animal, o que aproxima os dois;
  • Funciona como exercício físico e mental;
  • Deixa o cão mais sociável, o que permite que ele visite mais lugares e, consequentemente, esteja mais presente no dia a dia do tutor;
  • Diminui ansiedade, estresse e agressividade;
  • Alguns exercícios também funcionam como momentos de lazer para o cãozinho!

Qual tipo de profissional devo buscar?

Eu sei que já disse isso, mas vale reforçar: nunca aceite um profissional que faça uso da violência, da impaciência ou que prometa resultados milagrosos da noite para o dia. Alguns comandos são, sim, mais fáceis de ensinar (como o “sentar”, por exemplo), mas outros exigem várias repetições até que sejam internalizados pelo animalzinho.

O método que eu acho mais interesse é o do reforço positivo. Ou seja, o cachorro será sempre “presenteado” com algo quando acertar o comando. Mas deixará de ganhar o carinho ou a comida quando desobedecer. Essa é uma forma de fazer com que seja gostoso e divertido para o seu animal participar do adestramento.

Uma dica que recebi de um profissional e que tenho gostado muito é de incluir exercícios durante o dia, seja em casa, na rua, no parque etc. Sempre com atenção, analisando o comportamento do animal, se comunicando claramente com ele e buscando deixar esses momentos leves e divertidos.

Na hora de contratar um adestrador, peça indicações, busque por avaliações e converse com ele sobre o perfil do seu cachorro e o que você busca com o treinamento. Também é importante estar presente, principalmente nas primeiras aulas, para ver como elas funcionam.

Ah, e ninguém melhor para avaliar o profissional do que o próprio animalzinho? Fique de olho no comportamento dele, pois isso diz muito.

Tem idade máxima para adestrar um cão?

Ótima notícia: não! Cães de todas as idades podem ser adestrados. Eles são muito inteligentes e possuem um instinto incrível. E, se forem reforçados positivamente, vai ser legal aprender independentemente da idade!

Mas lembre-se de que, provavelmente, um filhote aprenderá com muito mais facilidade do que um cão adulto, concorda? Então, leve isso em consideração com o seu atual ou futuro bichinho.

Onde aprender mais sobre o assunto e encontrar dicas valiosas?

Assim como os cães, os humanos também devem estar em constante aprendizado. Então troque dicas com outros tutores, pesquise na internet, converse em escolas para cães e tenha um diálogo frequente com o adestrador. Comunicar-se com o profissional vai permitir que, juntos, vocês identifiquem novos caminhos.

O Instagram também está cheio de conteúdos legais sobre adestramento. Então, deixo aqui indicações de dois perfis: @adestradorlucao e @orepullio.

Espero que essas informações ajudem você a refletir sobre o adestramento e a tomar as próprias decisões. E, para encerrarmos, nunca é demais repetir: coloque o bem-estar do seu cachorro em primeiro lugar durante todo o processo, combinado?

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