Planejamento financeiro: 9 dicas para organizar as finanças da família

Se você tem filhos, provavelmente já se sentiu tentando segurar os pratos dos dois lados para manter um equilíbrio entre gastos, desejos, contas e tudo mais. Mas, chega um momento que você deixa algum dos lados prejudicado. Apesar de ser importante lembrar que dinheiro não é a coisa mais importante do mundo, principalmente no relacionamento familiar, as finanças interferem muito no ambiente. Se os pais estão passando por dificuldades, por exemplo, isso causa um estresse em todos os membros. Sendo assim, um planejamento financeiro é essencial para uma vida mais saudável e equilibrada.  Ele é indispensável para que todas as áreas da vida da sua família sejam bem atendidas. Para auxiliar no seu planejamento financeiro, separamos algumas dicas que vão fazer toda a diferença na organização familiar.

1) Educação financeira para todos

Primeiro de tudo é extramente importante que todos parem para estudar e refletir sobre educação financeira. Principalmente os pais, claro. Os responsáveis pela casa precisam conseguir repassar bons hábitos, conselhos e ensinamentos. Então é interessante que esses leiam livros sobre finanças, façam cursos ou até mesmo “maratonem” vídeos no Youtube sobre o tema. Alguns canais incríveis sobre finanças: Nathalia Arcuri, EconoMirna, Morando Sozinha e Gustavo Cerbasi.

Ah, e no livro Brancoala e família o Branco dá várias dicas sobre finanças para você que quer continuar aprendendo como cuidar com mais eficiência do dinheiro da família.

2) Quais são as prioridades?

Todo mundo precisa identificar quais são suas prioridades. Individuais e em família, anote de fato e deixe estampado para você mesmo e quem mais fizer parte dos planos. Exemplos de prioridades que podem servir para você:

• Pagar as contas do mês no dia
• Viagem em família para o exterior
• Fazer uma especialização
• Guardar dinheiro de emergências
• Investimentos

Vamos falar sobre algumas coisas ainda aqui nesse post, mas só para vocês conseguirem visualizar o quão preciso é definir as metas. Assim, no fim do mês saberá exatamente por onde começar. E também, quantos % da renda total da casa será dedicada para cada prioridade.

3) Centralize os custos

Outra questão primordial é entender que o casal, que é quem provavelmente trará a renda principal para casa, precisa estabelecer como será feito a divisão de contas, quanto cada um vai dar, etc. Esse vídeo da Nathalia Arcuri, especialista em finanças, é super legal para entender essa primeira parte que é determinante para os próximos passos.

E em seguida, é necessário entender como serão também os gastos. Por exemplo, quem tem filhos pode facilmente pegar o hábito de dar dinheiro picado para atender as necessidades pontuais como lanches, transporte, cinema, etc. Logo, vocês acabam se perdendo de quanto exatamente vocês estão tendo de gastos no mês.

Então, tentem centralizar os custos. Por exemplo, cada membro ter um cartão de débito ou crédito, mas que será possível visualizar o gasto total e com o que no fim do mês. Organização é chave do sucesso do seu planejamento financeiro. Então, nada de ficar tirando dinheiro no caixa eletrônico toda hora e ficar repetindo: “não sei o que acontece com meu dinheiro”.

4) Identifique os excessos

Com os custos centralizados em um cartão, fica muito mais fácil você identificar os excessos da família. Em quais áreas dá para diminuir os gastos. Vamos lá, se ao invés de vocês pagaram o Uber/Taxi com dinheiro, todo mundo da casa cadastrar no cartão de crédito, no último dia vocês conseguem somar quanto gastaram com esse tipo de transporte. Logo, muito provavelmente, vão perceber que esse poder ser um excesso que devem trabalhar para reduzir.

Outro exemplo bem comum: combustível. Se você coloca de 20 em 20 reais, em dinheiro, nunca vai ter certinho o valor que gasta com combustível no mês. Saber quanto você precisa e o quanto está passando dos limites é fundamental.  A próxima dica vai ajudar você a diminuir esses excessos.

5) Crie verbas

Essa dica é muito legal, mas é necessário muita disciplina. Essa é a palavra-chave para fazer esse passo dar certo. Lembra do tópico anterior que falamos do transporte privado? Então, além de saber exatamente quanto você está gastando e reduzir o excesso, é necessário criar um limite. Assim como em empresas, que é separado uma verba para cada tipo de gasto, você também deve fazer isso no seu planejamento financeiro familiar.

Na sua planilha/caderno/aplicativo (o que for mais efetivo para você se organizar), defina os limites que a família pode gastar em cada “departamento”. Exemplo:

• Transporte privado: R$200
• Passeios mensais: R$400
• Mercado: R$2000
• Feira: R$300
• Gasolina: R$300

Claro que esses números são apenas para ilustrar. Cada família terá necessidades diferentes. E se você não souber como definir as verbas mensais, a dica é: teste. Faça 3 meses de testes aplicando as outras dicas. Conheça melhor os seus gastos. Pois não adianta definir uma verba que todo mês será ultrapassada, isso apenas trará frustrações. É preciso entender a real necessidade do lar, e assim, criar essas verbas.

Desse modo, quando atingirem o limite da gasolina, por exemplo, vão ter que se locomover de ônibus, trem, metrô… para que não ultrapassem. A mesma coisa o mercado também, tem que se policiar para não gastar o que não é preciso. Também não há necessidade de passar extremas vontades, apenas um equilíbrio e saber o quanto você tem por mês para gastar para o exagero não virar hábito.

6) Limites individuais

Além dos limites gerais, cada membro terá necessidades especificas. Os filhos, que geralmente costumam comprar lanches no intervalo da escola/faculdade, devem saber seus limites de verbas com isso também. Sendo assim, crie isso junto com eles, explique e faça ser cumprido. Se eles precisam de R$10 por dia para comer lanche, faça a soma e diga que isso não pode ser ultrapassado. E se economizarem, podem receber um bônus no próximo mês. Assim, eles vão sempre procurar pelas melhores opções na cantina, criar essa hábito de economizar e fazer o dinheiro valer a pena.

Já fizemos um post só sobre como crianças e dinheiro combinam, leia aqui, e é verdade. Desde cedo é preciso ensiná-los a ter responsabilidades financeiras. Não deixe que isso fique sendo da boca para fora, imprima uma planilha e faça anotações junto com os filhos. O compromisso precisa ser verdadeiro. 

7) Reservas para emergências

Esse tópico é para reforçar o quão importante é ter uma reserva para emergências. E para você não ficar triste por ter que “tirar” uma parte do dinheiro da viagem, por exemplo, para arrumar o carro ou pagar um exame médico, você precisa ter já separado o dinheiro emergencial. Não conte com ele. E separe todo mês uma verba também para essa área.

8) Tenham metas compartilhadas

Para que tudo isso tenha uma recompensa efetiva, vocês precisam visualizar os objetivos em comum. Para que todos saibam o motivo do comprometimento e dos “sacrifícios” que fazem, as metas precisam estar alinhadas entre vocês e grudada na geladeira.

Conversem em família, perguntem quais os sonhos uns dos outros, o que desejam fazer juntos. Por exemplo, se vocês sonham em ir para a Disney, deixem isso combinado. Quando atingirem o valor necessário para a viagem, vocês vão. Isso será o prêmio pela dedicação de todos em cumprir com o planejamento financeiro da família.

9) Investimentos

Por último, um bônus. Esse tópico é para quem já está no próximo nível do planejamento financeiro familiar. Mas é interessante você já começar a se organizar pensando que, ao invés de só guardar seu dinheiro na poupança, pode separar essa verba e investir. Isso pode garantir uma aposentadoria no futuro e te dar mais tranquilidade. Até mesmo aos seus filhos, que não precisarão se preocupar em te sustentar. No entanto, para entender mais sobre investimentos você precisa realmente estudar mais a fundo. Além dos canais do Youtube que indiquei no primeiro tópico, você também pode aprender com os vídeos do Lucro FC, Maiara Xavier, Primo Rico, entre outros.

Gostaram das nossas dicas para turbinar seu planejamento financeiro? Deixa aqui nos comentários qual a sua dica de finanças familiar!