Educação financeira: 7 atitudes que você precisa mudar imediatamente
Porque não dá para ficar brigando com a conta bancária todo mês, não é mesmo?
Aposto que essas duas palavrinhas provocam alguma coisa em você. Ao escutar educação financeira, qual dos dois pensamento é o mais recorrente e provável?
[ ] “Não preciso me preocupar com isso, sei controlar minhas finanças muito bem”
[ ] “Com certeza preciso aprender, minha vida financeira é uma bagunça”
Se escolheu o primeiro, parabéns. Você faz parte de uma parcela muito pequena da população! A grande maioria das pessoas encontram problemas com dinheiro com muita frequência.
De acordo com uma matéria da Agência Brasil, publicada em 2018, 58% da população brasileira não se dedica às próprias finanças. Isso gera problemas gravíssimos que começam com os pequenos: hoje é um boleto de R$50,00 em atraso, amanhã pode ser uma dívida enorme no cartão de crédito.
A educação financeira dá a você mais liberdade e segurança para viver a sua vida dentro das condições possíveis, mas sem se privar de tudo.
Imagine o seguinte cenário: você tem completo controle do quanto ganha e do quanto gasta, e não passa por surpresas desagradáveis todo final de mês. Consegue não comprar por impulso, pois se planeja com o que precisa e realmente deseja comprar. Além disso, consegue dividir muito bem seus gastos em todas as áreas da sua vida.
Parece um sonho, não é mesmo? Mas é possível atingir a partir da educação financeira.
É um caminho longo, de muito estudo, erros, contas e organização, mas é importante começar de algum lugar. Por isso este texto vai apresentar 7 hábitos que você precisa mudar imediatamente para passar a ter controle da sua vida financeira.
Antes de tudo: o começo da educação financeira
Antes de começarmos, é importante deixar claro que para viver em paz com o seu dinheiro e com as suas contas, é preciso disciplina e organização. Por enquanto, se você sonha em fazer uma grande viagem daqui 3 anos, precisa se organizar para descobrir o quanto precisa guardar de dinheiro até lá. Depois disso, consegue encontrar quais gastos precisam ser cortados para que isso aconteça.
Planejar o seu futuro e visualizar as suas metas é essencial nessa organização. Além disso, também é uma motivação a mais.
E se estiver precisando de mais inspiração, a internet está cheia de conteúdo muito bons sobre educação financeira. Uma indicação muito valiosa é o canal Me Poupe!, da Nathalia Arcuri.
Mas agora, depois de todas essas explicações e dicas iniciais, vamos ver como começar a mudar sua relação com o dinheiro a partir de agora! Esses são os 7 principais hábitos que você precisa eliminar:
1- Ter o pensamento do “mas isso não vai fazer falta”
Sei que parece clichê, mas gastar R$5,00 em um pão de queijo hoje parece pouco. Mas se você comprar todos os dias, terá gasto R$150,00 em pães de queijo em um mês!
Temos o costume de olhar um valor baixo e pensar que não tem problema em gastar, pois ele não vai fazer falta. Com isso, compramos coisas que não precisamos e, às vezes, nem mesmo queremos.
Quando é um gasto descartável, lembre-se que toda economia importa e que esse R$5,00 podem sim fazer falta.
2- Comprar em parcelas
Eu sei que parcelar uma compra é uma tentação e que, muitas vezes, é a única maneira de conseguir fazer uma aquisição importante (como móveis, por exemplo). Mas é muito difícil controlar o dinheiro quando o cartão está cheio de parcelas. A educação financeira não vai proibir você de parcelar. Mas sim mostrará o caminho para decidir em quais situações isso realmente vale a pena ou é necessário.
Ah, e não se esqueça que, pagando à vista, fica até mais fácil de negociar um desconto na compra, hein?
3- Não investir em si mesmo
Cursos, livros, exercício físico etc. não podem ser vistos simplesmente como gastos, mas como um investimento na sua educação e saúde. E, confie em mim, elas merecem uma parte do seu ganho mensal.
Mais um exemplo de como planejamento e educação financeira são fundamentais. É preciso ter controle do quanto você gasta em outras coisas para conseguir separar um dinheiro e investir em si mesmo.
4- Não pensar no amanhã
Nós não sabemos o que o futuro nos reserva. É por isso que é importante ter uma reserva de dinheiro para casos de emergência. Ao falarmos sobre dinheiro, não podemos pensar só no agora, pois é no futuro que podemos precisar dele.
5- Ter quase todo o salário comprometido
Se os seus gastos fixos e recorrentes representam quase 100% do seu ganho, isso é um alerta. Você precisa estudar cada ponto de sua vida para descobrir o que pode ser cortado ou não. Se todo o dinheiro já está comprometido, não há nenhuma brecha para investimentos, para emergências ou simplesmente para comprar algo que você gostou muito – desde que caiba no seu orçamento.
6- Não falar sobre dinheiro
Finanças, dívidas e dinheiro são assuntos muito escassos na sociedade. Isso precisa ser mudado!
Não são coisas para termos medo e nem nada que precisa ser um segredo. É algo que faz parte da sua vida diariamente e precisa ser discutido, sem vergonhas ou receios.
É muito legal inserir as crianças no planejamento financeiro da família desde cedo. Quanto mais cedo esse assunto for introduzido na vida delas (sem grandes pressões, claro), melhor será a educação financeira no futuro.
7- Comprar algo que não condiz com a sua realidade
Muitas vezes é preciso admitir que “não tenho dinheiro para comprar algo que gostei muito”. Isso não é nenhuma vergonha, mas sim uma consciência incrível sobre a sua realidade, suas prioridades e seus deveres!
Sempre que estiver em uma situação assim, orgulhe-se de si mesmo por ter o autocontrole de não gastar um dinheiro que você não tem em algo que, provavelmente, você não precisa.
Antes de finalizarmos, aqui vai uma dica extra: pare de encarar a sua vida financeira como se fosse um problema que será solucionado em algum momento. Como já falamos, o dinheiro faz parte de nossas vidas e nunca vai deixar de fazer. Então a educação financeira não pode ser um peso na sua rotina, mas sim um hábito que lhe trará mais leveza e felicidade.
Gostou das dicas? Tem mais alguma para compartilhar conosco aqui nos comentários? Agora que já sabe por onde começar, mãos à obra (e guarde o dinheiro na carteira!).