Artes marciais: vantagens de crianças praticarem esportes como jiu-jitsu e judô
Minha mãe praticou judô por alguns anos e ela me passou esse amor pelas artes marciais. Quando criança, fiz aulas de judô e depois parei; já na fase adulta, comecei a fazer muay thai e me apaixonei também, mudei de cidade e precisei parar de novo. Nos últimos anos, recomecei o judô e descobri que ele piorava a minha enxaqueca, já que é uma luta muito de chão e quedas, então, busquei uma alternativa e encontrei aula de kickboxing perto da minha casa e mergulhei nessa luta. Ufa!
Apesar das idas e vindas e dificuldade de manter a constância, eu amo e sempre recomendo para todo mundo esse universo das artes marciais. Mas aqui já deixo meu primeiro conselho: se a criança não gosta de artes marciais, não insista tanto. Não é todo mundo que gosta dos desafios envolvidos nesses esportes. Se for o caso da sua criança, veja como ajudá-la a encontrar um esporte que goste clicando aqui.
Mas tem outra coisa também, alguns pais, por não gostarem de lutas, acabam não abrindo a mente para as crianças praticarem. Por isso, resolvi compartilhar alguns benefícios para os pequenos realizarem atividades como judô e jiu-jitsu, vem abrir a mente comigo!
Hábito da prática esportiva
Em primeiro lugar, incentivar a criança a praticar algum esporte é essencial para a saúde física e emocional. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que crianças de até 5 anos façam, pelo menos, duas horas de atividade física por dia. Para as crianças de 5 a 17 anos, é recomendado uma hora de atividade diária. Os benefícios são diversos, entre eles: o fortalecimento dos ossos, músculos e articulações, estimula o crescimento e desenvolvimento e ajuda a diminuir as chances de obesidade e depressão.
Os benefícios não são somente para os pequenos, mas se isso é plantado desde a infância, a probabilidade desse hábito ser mantido é muito maior. Como adultos, sabemos o quão desafiador é manter um hábito como esse, iniciando ele já mais velhos. Então, o primeiro passo é encontrar um esporte que ela goste. E nessas tentativas, inclua as lutas.
Desenvolver a disciplina
Toda prática esportiva ajuda muito com a disciplina. Mas, pela minha experiência e das pessoas ao meu redor, não vi nada mais disciplinador do que as artes marciais. São muitas regras que precisamos aprender e seguir. Existe um respeito com os professores/mestres, com o local que praticamos a luta, com os ancestrais que trouxeram/criaram os esportes. Há maneira correta de se portar, de sentar, de cumprimentar as pessoas… Além disso, isso tudo ajuda muito no desenvolvimento não só de disciplina, mas também do caráter e a ética.
Aprender a ganhar e perder
Quando qualquer pessoa pratica um esporte competitivo, é muito provável que aprenda a competir de uma maneira mais saudável e que saiba lidar bem com derrotas. Mas, pela minha vivência, acredito que o judô e as lutas que pratiquei me ajudaram a não ter medo de perder em nada. É legal ver outra pessoa ganhando e superando os próprios desafios, aplicando os golpes que antes não conseguiam, etc.
Recentemente, quando reinicie no judô, comecei no horário das crianças para aprender o básico novamente. Assim, a gente deixa o ego de lado rapidinho para pedir ajuda para amarrar a faixa ou executar melhor um movimento que o Sensei está nos orientando a executar. É difícil a gente reconhecer nossas qualidades, mas acho esse aspecto em mim muito positivo. Se eu perder algo posso simplesmente tentar de novo e acredito que é uma lição valiosa para aprendermos desde pequenos.
Qual das artes marciais escolher?
Essa é uma pergunta que só a criança vai poder responder. Felizmente, existem várias opções para ela experimentar, veja quais opções têm perto da sua casa e vão testando. Além do judô e jiu-jitsu que já citei aqui, também têm: capoeira, karatê e taekwondo. Para inspirar nessa escolha, veja o Marcos e a Laura, da família Brancoala, praticando jiu-jitsu.
Pronto para explorar o universo das artes marciais com sua criança? Já praticou ou experimentou alguma delas? Compartilhe nos comentários como foi sua experiência.