Escrever é uma atividade agradável demais, sabia?
Eu sei que a gente passa a vida inteira brigando contra a escrita de trabalhos escolares ou de projetos profissionais, e por isso parece que escrever é uma tarefa (ou obrigação) chata. Mas escrever por prazer está totalmente distante dessa realidade que a maioria conhece. Escrever quando você quiser, sobre o que você quiser, no formato que você quiser é um exercício maravilhoso para a mente.
O benefício principal que esse hábito traz para a vida é o desenvolvimento da criatividade. Quanto mais a gente pratica, melhor fica a nossa escrita e, assim, as ideias conseguem voar mais longe.
Além disso, não posso deixar de citar que:
- A escrita é democrática e aceita qualquer um que esteja disposto a libertar as palavras que estão “presas” na cabeça;
- Funciona como hobby, como profissão ou como exercício de autoconhecimento;
- Ajuda a organizar os pensamentos;
- Estimula a imaginação, as habilidade cognitivas, o uso do vocabulário e o amor pela leitura.
Aposto que lendo essas poucas palavras você já teve vontade de começa a escrever (seja um diário, um livro, um blog ou qualquer outra coisa), mas não sabe por onde começar, certo? Então deixa eu te contar que é mais fácil do que parece. Afinal, o único jeito é simplesmente começando, concorda?
Mas claro que dicas são bem-vindas e ajudam a deixar o caminho mais suave, então vem comigo.
1º passo: Definindo o terreno
Antes de tudo, precisamos ter a resposta para essas três perguntas:
- Sobre o que eu quero escrever?
- Para quem eu quero escrever?
- Onde eu quero escrever?
Não existe resposta certa e nem uma melhor do que a outra. O que mais importa aqui é a sua vontade e os seus objetivos. Você pode ter o sonho de escrever um livro e ser lido por muitas pessoas. Ou pode desejar manter um diário só para si mesmo, com o intuito de organizar os sentimentos. Ou quem sabe queira começar a trabalhar com escrita.
Escolha o que faz mais sentido para a sua vida e os temas dos quais mais gosta de ler e conversar sobre. Assim você encontrará o terreno perfeito para começar a semear palavras.
2º passo: Criando um compromisso com si mesmo
A gente só fica bom em algo depois de praticar, certo? Então comprometa-se a escrever um pouco por dia. Tenha um caderno só para isso e coloque um mínimo de linhas, por exemplo, que precisam ser preenchidas (mesmo que com ideias desordenadas). Aos poucos, essa atividade fará parte da sua rotina. E, dia após dia, suas habilidades serão desenvolvidas e o resultado final será cada vez melhor.
Estabelecer hábitos costuma ser algo difícil, então lembre-se de ir com calma, sem pressão. Tudo bem falhar um dia ou outro, contanto que você não perca o foco da linha de chegada.
3º passo: Silenciando as críticas
Sabe aquela voz que fica na sua cabeça falando que não está bom o suficiente? É hora de silenciar ela!
Principalmente no começo, não se preocupe com a qualidade literária. Permita-se explorar, tentar, ter ideias, jogar fora e começar de novo, pois cada tentativa serve de aprendizado. Toda grande produção já foi um rascunho que “não era bom o suficiente” mas que, com calma e paciência, foi transformado.
Aos poucos você pode trazer um olhar mais crítico para suas produções, mas sempre tenha carinho consigo mesmo. Críticas devem ser construtivas, nunca destrutivas.
4º passo: Respeitando o seu tempo
Exercícios criativos precisam de inspiração. E terão dias que ela se torna muito difícil de encontrar. Não se pressione, respeite o seu tempo, olhe para si e busque uma fonte saudável de criatividade.
Vou emprestar as minhas próprias palavras de um post que fiz dois anos atrás: “Tem dia, tem hora, tem momento que, simplesmente, não vai. Mas tudo bem, porque no dia, na hora, no momento seguinte, a criatividade vem num sopro e o trabalho deslancha. Mesmo que a gente tenha que parar, respirar, jogar tudo fora, repensar, começar do zero… tá tudo bem.”
5º passo: Expandindo seu repertório
Conforme você se acostumar a escrever, aposto que vai sentir vontade de ampliar suas habilidades, de explorar novas possibilidades. Então, para saciar esse desejo, tem um caminho certeiro: expandir os conhecimentos. “Mas como?” De maneiras muito legais!
- Lendo muitos livros, artigos, matérias, textos, blogs etc. Aventure-se em gêneros e assuntos diferentes, conheça diversos autores e pontos de vista, explore o que estiver dentro e fora da sua zona de conforto;
- Também assista a filmes, séries e documentários dos mais variados assuntos;
(Ah, e se estiver precisando de dicas, aqui no blog temos várias indicações de livros e filmes legais!)
- Visite lugares novos, como museus, por exemplo;
- Compareça a eventos de escrita, assista a palestras e busque cursos (os Espaço Cult e a Escrevedeira têm ótimas opções);
- Converse com as pessoas, seja um bom observador e um bom ouvinte, ouça histórias pessoais. Às vezes a gente encontra uma chama de inspiração onde menos espera.
6º passo: Arriscando-se em outros territórios
Lá no primeiro tópico você escolheu um terreno para começar, certo? Então que tal experimentar novos ares agora? Aventure-se! Tente escrever sobre assuntos diferentes, em outros formatos, com uma nova linguagem etc.
Leva um tempo até a nossa escrita encontrar uma voz própria. Então aproveite esse início de prática para explorar as possibilidades ao seu alcance, para descobrir no que você é melhor, o que te traz mais felicidade!
7º passo: Mostrando sua criação para o mundo
Essa etapa é opcional. Tem que goste de escrever somente para si mesmo e isso não tem problema algum. Mas se você tem vontade de espalhar as suas criações, agora é a hora.
Eu sei que dá um pouco de medo fazer isso, mas é um risco que precisa ser corrido. Novamente, vou emprestar as palavras de um outro post: “Na hora de deixar outra pessoa ler o que você escreveu, os sentimentos são diversos: medo, vergonha, insegurança. Não deixe que eles tomem conta de você e siga em frente, arrisque e esteja preparado para ouvir possíveis críticas. Use os retornos positivos como combustível para reescrever e melhorar os pontos negativos.”
Preparado para começar a escrever? Então separe um papel e uma caneta, ou então ligue o notebook, prepare uma xícara da sua bebida preferida e seja bem-vindo ao mundo da escrita!
